Pesquisa aponta para a manutenção de tendências de crescimento, mesmo em ano de pandemia. Matrículas, ingressos e número de concluintes seguem em alta
A educação superior brasileira manteve a tendência de crescimento nos números de matriculados, ingressantes e concluintes, em 2020. Mesmo com o contexto da pandemia de covid-19, houve a manutenção e relativa alta dessas estatísticas. As informações constam nos resultados do Censo da Educação Superior 2020, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC) nesta sexta-feira, 18 de fevereiro.
Em 2020, mais de 8,6 milhões de matrículas foram registradas pelo Censo da Educação Superior, sendo 1,2 milhão de concluintes. Além disso, 3,7 milhões de estudantes ingressaram em um curso de graduação nesse ano. O levantamento constatou, ainda, que 323.376 professores atuaram no nível educacional em 2020. A pesquisa revelou que havia 2.457 instituições de educação superior no Brasil, na data de referência do censo. Dessas, 2.153 (87,6%) são privadas e 304 (12,4%), públicas. As instituições privadas registraram 3,2 milhões de ingressantes, o que corresponde a 86% do total.
EaD – O número de matriculados em cursos a distância aumentou exponencialmente ao longo dos últimos anos. Em 2020, pela primeira vez na história, a quantidade de alunos que ingressou nessa modalidade ultrapassou o total de ingressos em cursos de graduação presenciais — esse fenômeno havia sido constatado, em 2019, apenas na rede privada. Dos mais de 3,7 milhões de ingressantes de 2020 (instituições públicas e privadas), mais de 2 milhões (53,4%) optaram por cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%), pelos presenciais.
Vagas – O número de vagas ofertadas também cresceu substancialmente. Foram disponibilizadas 19,6 milhões oportunidades de ingresso. Dessas, 18,7 milhões (95,6%) foram na rede privada. A oferta em cursos a distância aumentou mais de 30% em relação a 2019, chegando a 13,5 milhões de vagas em 2020. O aumento da oferta de cursos presenciais no mesmo período foi de 1,3%.
Data de referência – Considerando o cenário da pandemia de covid-19, a data de referência do Censo da Educação Superior 2020 precisou ser flexibilizada, extraordinariamente, para o dia 30 de junho de 2021. A medida buscou, entre outros fatores, alinhar a pesquisa ao final do ano letivo de 2020, em decorrência das alterações nos calendários acadêmicos das instituições de ensino.
Impactos da pandemia – Na edição do censo, o Inep aplicou os questionários sobre a “Resposta educacional à pandemia de covid-19 no Brasil”. O levantamento coletou informações inéditas, que revelaram como os estudantes, as instituições e as redes de ensino responderam aos desafios impostos pela crise sanitária, durante o ano letivo de 2020.
Censo da Educação Superior – Realizado anualmente pelo Inep, o Censo da Educação Superior é o instrumento de pesquisa mais completo do Brasil sobre as instituições desta etapa educacional que ofertam cursos de graduação e sequenciais de formação específica, além de seus alunos e docentes. Após a divulgação dos resultados finais, as informações coletadas passam a figurar como dados oficiais.
Além de subsidiar a formulação, o monitoramento e a avaliação de políticas públicas da educação superior, o censo contribui para o cálculo de indicadores de qualidade, como o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). A atuação do Inep se concentra na apuração, na produção e no tratamento das estatísticas.
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