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GT de Educação debate recursos digitais e sustentabilidade

Reunião, liderada pelo MEC, debate experiências e o uso de recursos digitais na promoção da educação para o desenvolvimento sustentável

A segunda reunião presencial do Grupo de Trabalho de Educação do G20 sob a liderança do Ministério da Educação (MEC) do Brasil começou nesta segunda-feira, 8 de julho, com o tema “Conectando gestores de plataformas de recursos digitais: O compartilhamento de conteúdo educacional sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS)”. O encontro acontece até esta terça-feira, 9 de julho, na Casa Firjan, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com a presença de 31 delegações. Na quarta-feira (10), está prevista uma visita a uma escola. 

O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e a secretária de Educação Básica (SEB) do MEC, Kátia Schweickardt, deram as boas-vindas, virtualmente, aos delegados que participam do encontro. Camilo Santana reforçou a importância do G20 apontar caminhos concretos no enfrentamento dos desafios reais que o mundo de hoje enfrenta. “Cada um de vocês pode tirar lições próprias desse contato com os recursos digitais de outros países. Porém, a expectativa que recai sobre vocês é maior”, ressaltou o ministro. 

Durante o encontro, cada delegação apresentou o que seu país está fazendo na área que é tema do encontro. Houve consenso no entendimento de que recursos educacionais digitais podem potencializar a aprendizagem de forma equitativa e fomentar iniciativas de educação para o desenvolvimento sustentável em sala de aula. O assessor especial para Assuntos Internacionais do MEC, Francisco Figueiredo de Souza, avaliou os trabalhos do primeiro dia positivos. “Ouvimos as delegações, que apresentaram suas boas práticas, mas também os desafios que enfrentam nacionalmente”, disse. 

Educação digital – A coordenadora-geral de Tecnologia e Inovação da Educação Básica (Seb\MEC), Ana Úngari Dal Fabbro, apresentou um panorama das políticas executadas pelo MEC na área e sua implementação. Para ela, as discussões sobre o tema são importantes, especialmente porque é possível um intercâmbio de ações e projetos entre os países-membros.  

“Temos desafios comuns, como a melhoria de estratégias relacionadas à educação digital. É importante compartilharmos e colaborarmos com os países bilateralmente ou multilateralmente para conseguirmos pensar estratégias conjuntas relacionadas às plataformas digitais. Há espaço para colaboração entre os países em áreas como estratégias para o desenvolvimento de plataformas, incluindo o uso de inteligência artificial, bem como regulamentação de segurança de dados de professores e estudantes, critérios para a curadoria de recursos educacionais digitais e normas sobre o uso ético de inteligência artificial na educação”, afirmou. 

Ana Dal Fabbro também apresentou as funcionalidades do Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec), que oferta cursos autoinstrucionais para formação continuada de professores, bem como a Plataforma MEC de Recursos Educacionais Digitais (MECRED), que disponibiliza recursos educacionais digitais criados por professores de todo o Brasil. Destacou-se também a coleção sobre desenvolvimento sustentável disponibilizada pela MECRED em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO-Brasil). O material fundamentou o Curso Territorialização da Educação Ambiental e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no currículo destinado às Secretarias Estaduais e Municipais do país.  

A reunião do GT de Educação deve levar à identificação de novos aprendizados e estratégias diversas para o desenvolvimento de recursos educacionais digitais que apoiem e enriqueçam o processo de ensino e aprendizagem, um dos eixos do Escolas Conectadas. Ao longo das trocas entre os países, a delegação do Brasil também reforçou o papel central dos professores como protagonistas na modelagem da intencionalidade pedagógica dos recursos educacionais digitais desenvolvidos. 

Sustentabilidade – Quanto à educação para o desenvolvimento sustentável, a coordenadora-geral de Educação Ambiental para a Diversidade e Sustentabilidade da Secretaria Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), Rita Silvana dos Santos, destacou as ações que têm sido realizadas pelo MEC em prol da sustentabilidade socioambiental. Em particular, os cursos de aperfeiçoamento na área de educação ambiental e justiça climática, destinados a docentes da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; e a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), com a temática “Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática”.  

A conferência é processo pedagógico de formação e ação envolvendo crianças, adolescentes e jovens, com apoio de profissionais da educação, coletivos jovens, redes de educação ambiental, além de outros atores comprometidos com a transformação socio ambientalista a partir das escolas. Segundo Rita Silvana dos Santos, a partir da 6ª CNIJMA, o MEC espera apresentar as ideias e ações das crianças e adolescentes brasileiras em relação às questões climáticas à 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30). Outra ação importante tem envolvido a construção de protocolos de prevenção, adaptação, mitigação e/ou resiliência frente às emergências climáticas, para subsidiar as redes de ensino. 

Agenda – O tema proposto para a reunião do GT conecta-se com a prioridade definida pelo Brasil para toda a Presidência do G20: “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”. O GT Educação ainda realizará um encontro em nível ministerial, em Fortaleza (CE), no mês de outubro. Além da equipe do MEC e dos delegados do G20, também marcam presença na reunião: Unesco, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), o Fórum Global dos Estudantes, o Banco Mundial, entre outros. 

  

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria Internacional (AI)

Foto de capa: Janailson Dias / OEI

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