Levantamento realizado pela Quero Educação avaliou as procuras nas modalidades presencial, semipresencial e ensino a distância.
A pesquisa foi feita no período entre outubro e dezembro deste ano com mil universidades brasileiras e 700 mil estudantes. Antes da pandemia, os cursos mais procurados eram aqueles oferecidos presencialmente. O índice de 63% caiu para 33%. O semipresencial aumentou 16% desde 2019, onde o percentual de procura era de 14,3%. O número de destaque, porém, é para a modalidade totalmente on-line.
Com a pandemia, muitas escolas e universidades tiveram que adaptar as aulas presenciais para aulas on-line ou remotas. No início da pandemia, em março de 2020, o número aumentou para 36,4%, em setembro do mesmo ano o número teve outro salto, foi para 57,9%. Os cursos de direito, psicologia, enfermagem e administração ocupam, respectivamente, as primeira, segunda, terceira e quarta posições no ranking. Nas próximas colocações estão fisioterapia, odontologia, nutrição, medicina veterinária e biomedicina. Engenharia civil ocupa a décima posição entre os presenciais mais procurados.
Os cinco primeiros lugares em cursos semipresenciais são todos da área da saúde, com: enfermagem em primeiro, seguida por biomedicina, fisioterapia, nutrição e farmácia. Depois disso, vêm administração, educação física, engenharia civil, pedagogia, estética e cosmética.
O curso de administração é o mais procurado em cursos a distância, de acordo com o levantamento. Em segundo lugar fica ciências contábeis, depois pedagogia, educação física e serviço social.
O estudo avaliou ainda a inflação e o preço dos cursos, de modo geral. Entre os presenciais, de outubro de 2019 a dezembro de 2021, observou-se estabilidade nas mensalidades, que permaneceram em torno de R$ 600. Os valores do semipresencial apresentaram quedas: no início do período mapeado, os preços beiravam os R$ 400 e, chegando ao término, estavam na faixa dos R$ 200. Os cursos on-line também sofreram redução. No início da pandemia, apresentavam valores em torno de R$ 200, mas com a crise sanitária os preços caíram e passaram a girar em torno de R$ 150.
Além disso, segundo a pesquisa da Quero Educação, a procura pelos cursos de saúde foi maior durante a pandemia. O pico ocorreu em abril de 2021, quando a busca por essas modalidades correspondeu a uma fatia de 25% dentro do total. Em novembro, este número era de 23%.