O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realiza, nesta sexta-feira, 16, evento de celebração dos 70 anos de criação da agência.
No evento, que acontecerá às 15h e será transmitido ao vivo pelas redes sociais, será lançada a marca dos 70 anos do CNPq e Selo Comemorativo dos Correios.
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos César Pontes, participará do evento de forma remota. Devido à pandemia de COVID-19, a cerimônia será restrita e contará com participações remotas de representantes da comunidade científica, parceiros e institutos de pesquisa
ACOMPANHE
Dia: 16 de Abril – sexta-feira
Horário: 15h
Transmissão ao vivo:
Youtube: https://youtu.be/mjdMK_LOKt0
Facebook: /cnpqoficial /mcti
HISTÓRIA
O CNPq foi fundado em 1951, pelo Almirante Álvaro Alberto, então representante brasileiro na Comissão de Energia Atômica do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
A Lei nº 1.310 de 15 de Janeiro de 1951, que criou o CNPq, foi chamada por Álvaro Alberto de “Lei Áurea da pesquisa no Brasil”. No entanto, o marco inicial de criação do CNPq é tido como a data da instalação do seu Conselho Deliberativo, maior instância de poder decisório do órgão, em 17 de abril de 1951, durante sua primeira reunião.
Naquele momento pós-Segunda Guerra Mundial, encontrava-se fortalecida no cenário mundial a ideia de que o conhecimento e a tecnologia gerados pela ciência auxiliavam a promoção do desenvolvimento e da soberania de um país. Em face da necessidade de estabelecimento de uma estrutura central de fomento à pesquisa, o Brasil deu os primeiros passos rumos à concretização dessa meta já no final da década de 1940, com a organização da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em 1948, e a criação do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas), em 1949. A eles se seguiu o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), estabelecido em 1950.
Além de seu apoio à pesquisa e de originar vários institutos científicos renomados, desde sua criação, o CNPq tem desempenhado papel primordial na formulação e na condução de políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação. Como exemplo pode-se citar o papel do CNPq na coordenação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), primeiro programa para complementar os recursos destinados à pesquisa científica brasileira, criado em 1985 a partir de convênio assinado com o Banco Mundial. O PADCT possibilitou várias ações importantes para o fortalecimento da ciência no Brasil. O CNPq, por meio do Programa Importa Fácil, também tem ajudado instituições e pesquisadores a importar insumos e equipamentos com isenção fiscal prevista em lei.
Atualmente, o CNPq financia cerca de 80 mil bolsas de pesquisas, nas mais diversas modalidades, além de pesquisas em todas áreas do conhecimento. Esse investimento assegura a presença de brasileiros em instituições estrangeiras relevantes e garante ao país soberania nacional, ao promover a presença de pesquisadores brasileiros em territórios estratégicos, como os arquipélagos e o continente Antártico.
Além disso, o CNPq possui o maior banco de currículos da América Latina – a Plataforma Lattes – e coordena trabalhos científicos de programas que têm impactos sociais, econômicos, ambientais e culturais importantes, como o PRONEX (Programa de Núcleos de Excelência), criado em 1996; o Proantar (Programa Antártico), estabelecido em 1991; o PELD (Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração), fundado em 1999; o Programa Arquipélago e Ilhas Oceânicas, criado em 2004; o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), organizado em 2008; e o Programa Ciência sem Fronteiras, estabelecido em 2011.
Fonte: CNPq