Fundação vai apoiar 100 projetos; inscrições começam em 26/06
A CAPES apoiará cem programas de pós-graduação (PPG) que obtiveram nota 3 nos últimos três ciclos avaliativos. O investimento será de R$132 milhões em até cinco anos. O objetivo é diminuir as desigualdades do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) ao apoiar programas ainda não consolidados e situados, majoritariamente, nas Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
O Programa de Redução de Assimetrias da Pós-Graduação (PRAPG) foi lançado nesta terça-feira, 20 de junho, em evento virtual com 250 representantes da CAPES, do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop), das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, das pró-reitorias de pós-graduação das instituições de ensino superior e dos programas de pós-graduação. As informações detalhadas sobre a iniciativa encontram-se no Edital nº 14/2023, publicado do Diário Oficial da União. O documento também pode ser acessado no site da CAPES.
Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, destacou o fato de que quase 80% dos PPG são das Regiões onde a pós-graduação é mais recente. “O nome dessa nova ação é Programa de Redução de Assimetrias da Pós-Graduação, ou seja, tem por objetivo consolidar os programas nas regiões que hoje demandam mais suporte. Por isso, serão apoiados 50 PPG do Nordeste, 15 do Centro-Oeste e 13 do Norte”, explica. Além de contribuir para a consolidação dos PPG, o novo Programa estimulará a internacionalização, a integração e cooperação com programas de pós-graduação mais desenvolvidos, e o apoio à alta formação de pessoal.
Cada PPG contará com até R$40 mil em recurso de capital e R$40 mil para custeio. Serão concedidas oito bolsas no País (quatro de mestrado, uma de doutorado, duas de pós-doutorado e uma de professor-visitante sênior) e três no exterior (uma de professor-visitante sênior, uma de professor-visitante júnior e uma de professor- visitante estrangeiro) por proposta.
Laerte Ferreira, diretor de Programas e Bolsas no País da CAPES, explica que a consolidação de PPG no Brasil inteiro pode beneficiar todo o SNPG. “O Programa inclui melhorias de laboratórios, ofertas de bolsas de estudos no País e no exterior, investimento na capacitação de professores e incentivos à criação de redes entre programas de pós-graduação em diferentes níveis de consolidação”, afirmou. “O PRAPG vai alavancar uma importante mudança na pós-graduação”, acrescentou Paulo Santos, diretor de Avaliação.
Os proponentes serão os coordenadores dos PPG. A CAPES vai aceitar uma proposta por programa de pós-graduação. As Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAP) poderão aderir ao edital com repasse de recursos de custeio diretamente às instituições de ensino superior para a realização de eventos acadêmicos-científicos ou de visitas técnicas com o propósito de contribuir para o desenvolvimento dos PPG. O início dos projetos está previsto para novembro.