Com três turmas tendo concluído os seis anos do curso, Católica forma 148 novos médicos com reconhecimento do mercado e nota máxima do MEC
Quase 150 médicos formados e prontos para atuar no momento em que uma crise sanitária sem precedentes atinge o planeta. Nota máxima no ranking do Ministério da Educação em 2020. Agilidade e eficiência na adaptação ao ensino remoto durante a pandemia, sem perda para alunos ou professores. Esses são alguns dos resultados colhidos pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) quando mais uma turma da graduação em Medicina completa os seis anos do curso, agora em maio.
Com a pandemia, a Universidade precisou adequar o formato das aulas. “Passamos a ter aulas teóricas remotamente. As práticas continuaram presenciais, com adequações para diminuir a exposição dos alunos. O tamanho dos grupos foi reduzido, os laboratórios foram ampliados e os EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] passaram a ser obrigatórios”, conta o médico Tiago Feitosa, professor de Saúde Coletiva e coordenador do curso.
Os alunos do internato, que estão nos dois últimos anos da graduação e estagiam em hospitais, receberam todos os EPIs para realização de suas atividades. O coordenador reconhece que as aulas presenciais são ideais, mas, diante das circunstâncias, foi necessária essa adaptação para que pudessem ser viabilizadas outras formas de aprendizagem. O curso conta com 96 professores, biblioteca atualizada e diversos laboratórios, como os de Anatomia, Biofísica e Fisiologia, entre outros.
Douglas Farias foi um dos que concluiu a graduação no meio da pandemia. “Conseguimos, durante os últimos rodízios do internato, fazer algumas aulas a distância como componente teórico e mantivemos a programação do curso praticamente intacta”, conta o estudante, que terminou Medicina em setembro de 2020. Atualmente, ele trabalha nas UTIs de covid-19 do Hospital Evangélico de Pernambuco, no Recife, e do Hospital Vale do Una, em Palmares.
Antes de fazer Medicina, Douglas cursou Odontologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Me formei em Odontologia aos 22 anos, mas mudei de ideia sobre minha carreira. Depois de conversar com meus pais, cheguei à conclusão de que queria ser médico. Hoje estou completamente satisfeito e com sentimento de gratidão em poder ajudar os pacientes com meus conhecimentos”, explica.
Nos últimos anos da faculdade, ele se percebeu realizado através da experiência do internato, em que passou por diversos hospitais recifenses vinculados à Universidade: Maria Lucinda, Barão de Lucena, Getúlio Vargas, Agamenon Magalhães, pelo Hospital da Restauração e pela Santa Casa de Misericórdia do Recife.
Depois de formado, Douglas tentou residência para Cirurgia Geral e passou nas três escolhidas: Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo. Apesar do êxito, Farias não se identificou com a especialidade nem com a instituição. Pretende, no final deste ano, tentar a residência em anestesiologia.
Além de Douglas, outros alunos do curso de Medicina da Unicap se saíram bem nas provas de residência. “Tivemos uma ótima performance dos nossos egressos, que foram aprovados nos melhores hospitais do Recife, em hospitais de São Paulo, mostrando que formamos médicos com excelência, capazes de encarar desafios profissionais nos melhores centros de Medicina do país”, comenta o coordenador do curso. O professor Tiago fala ainda sobre as perspectivas de futuro da graduação. “Temos um dos melhores cursos de Medicina do Estado, com professores competentes e, em breve, vamos ter mais um campus onde antes ficava localizado o Colégio Nóbrega, oferecendo uma infraestrutura ainda mais completa aos nossos alunos.”
Fonte: JC360