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Reunião técnica do Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres tem início com apresentação de pesquisas com organismos internacionais

ONU Mulheres, OIT e Unesco apresentaram dados sobre mercado de trabalho para mulheres, misoginia online e estratégias de resiliência climática

Começou nesta terça-feira (8) a 4ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres do G20 (EWWG, em inglês), coordenado pelo Ministério das Mulheres, na sede do Serpro em Brasília. O objetivo do encontro é garantir o consenso entre os países membros e convidados para a Cúpula com o objetivo de chegar à aclamação da primeira Declaração Ministerial exclusivamente sobre gênero da história do Grupo dos 20. 

“Nós precisamos fechar nesses dois dias um consenso. Esse Grupo de Trabalho é importante porque, a partir da nossa declaração, a decisão de Cúpula dos nossos países pode dizer que as mulheres vão estar incluídas no processo de desenvolvimento econômico e de distribuição de renda de todo o mundo”, afirmou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante a abertura da reunião, nesta manhã.  

A ministra fez um apelo contundente, reforçando como mulheres não podem mais estar à margem do debate. Além de Cida Gonçalves, participaram da abertura as secretárias-nacionais do Ministério das Mulheres, Denise Motta Dau, Rosane Silva e Fátima Cleide da Silva. A coordenação da discussão ficou à cargo da secretária-executiva e coordenadora do Grupo de Trabalho (Chair do EWWG), Maria Helena Guarezi. 

Apresentação de produtos 

O primeiro dia da 4ª Reunião Técnica também foi marcado pela apresentação das pesquisas realizadas pelo EWWG em parceria com organismos internacionais parceiros: Organização Internacional do Trabalho (OIT), Unesco e ONU Mulheres. Cada pesquisa tratou de um dos temas acordados pelos países em reunião de janeiro de 2024, são eles: 

  1. Autonomia econômica de mulheres e política de cuidados; 
  1. Enfrentamento a todos os tipos de violência contra mulher, principalmente a misoginia facilitada pelas tecnologias; 
  1. Ação climática com perspectiva de gênero. 

A primeira pesquisa foi apresentada pela coordenadora nacional de projetos da OIT, Raíla Alves, e utilizou o banco de dados da instituição para avaliar as condições das mulheres atualmente no mundo do trabalho, principalmente com foco nos países membros e convidados para o G20, além de trazer uma leitura mais aprofundada para as relações de cuidado. 

“Muitos dos Estados do G20 já avançaram nos temas de regulamentação e criação de normas de modo geral para repensar a distribuição do cuidado. Algumas recomendações também surgiram desse estudo, como o desenvolvimento de políticas públicas que pensem nas pessoas mais expostas a vulnerabilidades, pensando principalmente em criação de novas medidas e políticas que abarquem os trabalhadores que estão na informalidade”, explicou Raíla.  

Já a ONU Mulheres, representada por Ana Carolina Querino, autoridade máxima da entidade no Brasil, desenvolveu uma pesquisa com o objetivo de mapear e identificar estratégias para prevenir a violência de gênero facilitada por tecnologia entre os países do G20.  

A metodologia seguiu primeiro através da revisão da literatura sobre o tema, desenvolvimento de questionário com os países, e análise de dados qualitativos e quantitativos. Dos 31 países que compõem o G20 – entre membros e convidados – 21 participaram. Segundo Ana Cláudia Pereira, analista de programas da ONU Mulheres no Brasil, três resultados podem ser destacados e considerados para a próxima presidência do G20, na África do Sul. “O primeiro ponto é a ausência de dados. Os países têm muita dificuldade em termos de dados e evidência, ainda que estejam melhor em planos de ação”, disse. 

Outros dois temas de destaque é a falta de financiamento para ações de resiliência climática desenvolvidas por mulheres e a sub-representação nos espaços de decisão e liderança. “Ou seja, temos uma agenda muito grande ainda pela frente para materializar”, resumiu Ana Carolina.  

Os resultados da pesquisa da Unesco sobre violência de gênero facilitada pela tecnologia ainda serão consolidados e publicados posteriormente. 

Agora, a reunião técnica continuará nesta quarta-feira (9) com os debates em busca de consensos para a declaração ministerial do EWWG. As ministras e ministros de políticas para mulheres dos países membros e convidados para o G20 em 2024 irão se reunir na sexta-feira (11), quando é esperada a aclamação de um resultado. 

Evento paralelo 

Na próxima quinta-feira (10), a partir das 09h, será realizado o Evento Paralelo: A integração da perspectiva de gênero no G20, fruto da parceria do Ministério das Mulheres com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). O evento é fechado para o público inscrito das reuniões técnicas e contará com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e da primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva. 

O objetivo é apresentar os resultados do trabalho de transversalidade desenvolvido em 2024 pelo Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres do G20 com demais GTs e Grupos de Engajamento. Haverá palestrantes representando os GTs da Agricultura, Comércio e Investimentos, Sustentabilidade Ambiental e Climática, Emprego, Transição Energética, Educação e da Força-Tarefa pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, Iniciativa Bioeconomia e Trilha de Finanças. Também foram convidadas delegadas e Chairs dos GE’s de Mulheres (W20), Startups, Negócios (B20), O20, C20, L20, U20 e Y20. 

Fonte: Ministério das Mulheres

Foto de capa: Audiovisual G20

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